“Contramemória é uma exposição que pretende reler e traduzir criticamente, para o contexto atual, o ambiente cultural da Semana de Arte Moderna de 1922, realizada no Theatro Municipal de São Paulo, 100 anos atrás. O movimento tinha a intenção de varrer o passadismo – combater o darwinismo racial ainda em voga, assim como o parnasianismo literário e o academicismo artístico. No entanto, passado um século, fica evidente o perfil de classe, gênero, sexo e raça que uniu os participantes, nesta que foi uma semana de arte moderna em São Paulo e não de São Paulo. A exposição conta com aproximadamente 117 obras, entre pinturas, vídeos, esculturas, desenhos, objetos, entre outras linguagens artísticas. Tem curadoria de Lilia Schwarcz, Jaime Lauriano e Pedro Meira Monteiro.
Ao mesmo tempo, Contramemória tem a intenção de produzir dissonância na ordem que parece imperar no prédio. Trabalhos de artistas negros, indígenas, trans, mulheres e de várias gerações, introduzem um sonoro ruído, por meio do contraste e da fricção que estabelecem com as esculturas acadêmicas, as pinturas de inspiração europeia e a arquitetura rebuscada.”
Texto retirado do site do Theatro Municipal de São Paulo.
A artista Panmela Castro participa da exposição com 8 telas da série Saudade, conjuntos de paisagens pintadas de memória de lugares afetivos de momentos do passado. O primeiro conjunto da série são 12 pinturas à óleo da paisagem clichê do seu antigo ateliê no Rio de Janeiro.

Vista de 4 das obras da série Saudade, de Panmela Castro. Ph: Marina Bortoluzzi

Vista de 4 das obras da série Saudade, de Panmela Castro. Ph: Marina Bortoluzzi

"Saudade III", óleo sobre linho, 50 x 130 cm, 2021. Ph: Acervo Panmela Castro

"Saudade VI", óleo sobre linho, 50 x 130 cm, 2022. Ph: Acervo Panmela Castro
