Parte do projeto Enciclopédia Negra, com livro publicado pela editora Companhia das Letras e organizado por Lilia M. Schwarcz, Flávio Gomes e Jaime Lauriano, a exposição inaugurada pela Pinacoteca do Estado de São Paulo destaca personalidades negras que não foram representadas pela história hegemônica do Brasil.
A artista Panmela Castro participa da exposição com 5 obras: Catarina Cassange (presente no livro), Lourença Correia, Mathias Henrique da Silva e Faustino da Silva Paiva, Felipa Maria Aranha e Ana, Deolinda e Isabel, capoeiristas.
As histórias contadas através das pinturas de Panmela retratam escravizados que criaram um clube de leitura no pleno fervor da abolição, sobre mulheres capoeiristas, líderes quilombolas, revolucionárias e desafiantes das imposições binárias de gênero. Através desses questionamentos, a artista identifica nessas biografias vivências que fazem parte não só de sua trajetória, mas também de tantas outras que desafiam o racismo e o machismo cotidianamente no Brasil.
Em 2022, a exposição foi remontada no Museu de Arte do Rio. “Na exposição Coleção MAR + Enciclopédia Negra, das 250 obras de artes expostas, 13 são novos retratos, criados por 6 artistas contemporâneos, convidados pelo MAR. Os curadores Marcelo Campos e Amanda Bonan também criaram um diálogo, sobretudo, com a coleção africana e afro-brasileira do Museu de Arte do Rio” (texto retirado da página da exposição no site do Museu de Arte do Rio).
Todas as obras produzidas pela artista Panmela Castro para a mostra agora integram o acervo da Pinacoteca de São Paulo. O livro Enciclopédia Negra pode ser encontrado no site da editora Companhia das Letras.
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