Plural – A Caju Encontra a Aymoré

“O pulso ainda pulsa” e o corpo [email protected] artista ainda vibra e resiste à tentação de adormecer. E é para celebrar o pulsar dos corpos que artistas de variadas origens, formações e poéticas compõem a mostra de performances “Pulso”. 

No dia 12 de outubro, Lais Castro, vinda da zona oeste do Rio de Janeiro e com formação em dança pela UFRJ, se utiliza de narrativas autobiográficas e de uma subjetividade periférica em seu trabalho. Mery Horta, que também vem da zona oeste da cidade, é passista de escola de samba e doutoranda em artes pela UFRJ, apresenta uma ação que relaciona corpo, papel e escrita. Panmela Castro, nascida no subúrbio carioca, Mestra em artes pela UERJ e conhecida internacionalmente por seus graffitis, traz uma performance que aborda o tema da violência contra a mulher. Já a gaúcha Patrícia Francisco, doutoranda em artes também pela UFRJ, faz uma ação coletiva que envolve festejo e religiosidade dentro de sua pesquisa sobre a memória da escravidão no Brasil. […]

O que essas artistas têm em comum, dentro da diversidade de suas ações, é a coragem e a ousadia de falar com o corpo, ou mesmo gritar com o corpo, no atual contexto de ameaças à democracia, à arte e à vida. Esse corpo ainda tão reprimido mas que guarda, no fundo, toda a sua potência subversiva.

Texto crítico de Luana Aguiar, outubro de 2019.

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