Esta exposição traz 11 artistas que investigam o Brasil contemporâneo em sua dimensão religiosa, suas insurgências no campo político e suas interferências no campo da arte. Aspectos estéticos imaculados e heréticos se entrelaçam progressivamente no país.
Os artistas revelam as contradições dos limites polarizantes impostos a sujeitos, objetos que carregam em si mesmos ambiguidades de fronteiras não tão nítidas. Propõem pensar criticamente sobre a sedução das camadas sociais por meio da fé. Nos perguntam sobre o posicionamento da arte frente o crescimento significativo de igrejas nas periferias e subúrbios do país. Exclusão ou problematização?
A renovação carismática dos movimentos pentecostalistas é celebrada enquanto presença alegórica. A cruzada feita para garantir a ordem em torno de uma ideia binária de organização do mundo, levanta questionamento sobre os limites entre o que é sagrado e profano.
Figas, orações, descarregos, louvores e pregações se reúnem neste ato de carisma junto a deusas profanas. Vamos desfilar nossos Espíritos não tão Santos pelo Rio de Janeiro que busca uma nova Santíssima Trindade política. Façamos dos pecados fantasias para o nosso carnaval, enquanto os ratos e urubus nos observam.
Curadoria: Rafael Bqueer e Vinícius Monte
Colaborador e curador assistente: Gustavo Barreto

