Panmela Castro
Rio de Janeiro, 1981
Vive e trabalha entre Rio de Janeiro e São Paulo.

Panmela Castro é uma artista visual cuja prática é movida por relações de afeto e alteridade, investigando a necessidade de pertencimento como tema central de sua pesquisa. Sua produção se estrutura em torno do conceito de “deriva afetiva”, em que o acaso não apenas permeia a obra, mas se torna o próprio tema dos acontecimentos que a constituem. Assim, sua prática tem início na performance — compreendida como um processo relacional — que se desdobra em pintura, escultura, instalação, vídeo e fotografia. Mais do que meros registros, esses meios funcionam como extensões da performance, capturando e ressignificando os vestígios dos encontros que sustentam sua investigação artística.
​
Formada em Pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ – 2007), possui mestrado em Processos Artísticos Contemporâneos pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ – 2011) e pós-graduação em Direitos Humanos, Responsabilidade e Cidadania Global pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC RS – 2023).
​
Suas obras integram acervos internacionais, como o Stedelijk Museum e o Institute of Contemporary Art Miami (ICA), além de importantes coleções brasileiras, incluindo o Instituto Inhotim, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), o Museu de Arte do Rio (MAR), o Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC BA) e o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC RS), entre outros. Atualmente, participa da exposição de longa duração da coleção da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
​
Entre suas exposições recentes estão “Pretagonismos no acervo do Museu Nacional de Belas Artes” (MNBA – 2025), Bienal das Amazônias “Bubuia: Águas como Fonte de Imaginações e Desejos” (2024), “Terra Abre Caminhos” no Sesc Pompeia (2024), “Arte na Moda: MASP Renner” (2024), “Funk” no Museu de Arte do Rio (MAR – 2023–2025), “Histórias Brasileiras” no MASP (2022), a 13ª Bienal do Mercosul “Trauma, Sonho e Fuga” (2023), “Quilombo: Vida, Problemas e Aspirações da Comunidade Negra” no Instituto Inhotim (2022–2023), além das mostras itinerantes “Encruzilhada da Arte Brasileira” (Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Salvador, 2024–2025), “Dos Brasis: Arte e Pensamento Negro” (Sesc Belenzinho e Sesc Quitandinha, 2024–2025), “Um Defeito de Cor” (MAR, Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira e Sesc Pinheiros, 2023–2025) e “Enciclopédia Negra” (Pinacoteca de São Paulo, MAR, Escola das Artes Católica do Porto e Galeria da Fundação Amélia de Melo, Lisboa, 2021–2025), entre outras.
​
Entre suas exposições individuais mais recentes estão “Do Jardim, um Oceano”, na Galeria Francisco Fino, em Lisboa (2024), e “Ostentar é Estar Viva”, na Galeria Luisa Strina (2021). Em 2024, realizou a exposição “Ideias Radicais Sobre o Amor” no Museu de Arte do Rio, eleita melhor exposição do ano pela SP-Arte. Em 2025, sua reconhecida série “Retratos Relatos”, apresentada em seis instituições pelo Brasil, será exibida em Paris, como parte do Ano do Brasil na França, a convite do governo brasileiro.
​
Participou de residências artísticas no Goethe-Institut, El Espacio 23 e Black Rock Senegal, que resultaram em sua participação na exposição coletiva “Encounters” no Centro Cultural Blaise Senghor (Dacar, 2024) e na individual “Deriva Afetiva Dakar” no Instituto Inclusartiz, no Rio de Janeiro (2023).
Figura central da quarta onda do feminismo no Brasil, conforme destaca Heloisa Buarque de Hollanda em seu livro Explosão Feminista, Panmela Castro é fundadora da Rede NAMI, organização sem fins lucrativos dedicada à promoção dos direitos das mulheres e ao enfrentamento da violência doméstica. Suas iniciativas já impactaram mais de 200 mil pessoas no Brasil, contribuindo para transformar a percepção sobre as mulheres vítimas de violência doméstica na sociedade brasileira.
​
Por sua atuação na arte e nos direitos humanos, recebeu diversos títulos e prêmios, entre eles: Young Global Leader pelo Fórum Econômico Mundial, o DVF Awards e o reconhecimento da revista Newsweek como uma das 150 mulheres que estão mudando o mundo.
















