Objetos Afetivos
Objetos carregados de histórias pessoais — silenciosas, doces, dolorosas ou ambíguas — são depositados pelo público em uma espécie de casulo. A artista então ativa um processo de ressignificação, no qual a intimidade individual é transformada em uma obra coletiva e atemporal: por meio da modelagem digital em realidade virtual, essas memórias são reinterpretadas como formas abstratas. As esculturas resultantes são impressas em 3D e fundidas em bronze, adquirindo permanência física sem perder sua origem afetiva e relacional.
O ato de confiar um objeto à artista marca uma transição: o que era pessoal torna-se público; o que era finito transforma-se em permanência. Objetos Afetivos é um convite à entrega e à elaboração simbólica da memória. Também reflete sobre o papel da arte como espaço de cuidado, reparação e elaboração coletiva, onde o íntimo e o político se entrelaçam.

















