

Josephine Baker
1906 - 1975 | Missouri, Estados Unidos
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Josephine foi uma artista multifacetada que conquistou os palcos, rompeu barreiras raciais e desafiou os limites impostos à arte e à liberdade das mulheres. Ela se destacava pela dança. No início, porém, como ainda não dominava a técnica, improvisava gestos irônicos. Com o tempo, Josephine desenvolveu uma linguagem artística que mesclava teatro, dança e música. Seus espetáculos, que passaram por mais de 24 países, foram um sucesso, tornando-a um dos ícones do modernismo artístico e cultural europeu do século XX.
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Josephine nasceu nos Estados Unidos e vivenciou, desde muito jovem, a segregação racial. Ainda adolescente, ingressou em um grupo negro de teatro, iniciando sua carreira como dançarina. Em 1925, foi contratada para o espetáculo La Révue Nègre na França. Embarcou para a travessia do Atlântico e, uma semana depois, chegou à França, país que escolheu como seu lar e onde se naturalizou cidadã francesa posteriormente.
Foi vista por muitos como exótica, mas ela se recusou a se submeter aos padrões e costumes de sua época. Em resposta às reações conservadoras, Josephine afirmava com convicção: “Não sou imoral, sou apenas natural.” Durante a Segunda Guerra Mundial, usou sua fama para espionar os países do Eixo, coletando informações para as autoridades francesas. Nos anos 1950, já de volta aos Estados Unidos, se uniu ao Movimento pelos Direitos Civis, fortalecendo ainda mais seu ativismo negro.
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Josephine sempre disse que a liberdade a divertia e, ao viver sua verdade, transformou não apenas sua própria história, mas também a de todos que tiveram contato com sua arte.













