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Âncora 1
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Paulette Nardal

1896 - 1985 | Le François, Martinica

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A história de Paulette Nardal evidencia a força da articulação das mulheres negras contra os ideais coloniais que lhes foram impostos. No início dos anos 1920, Paulette, juntamente com suas irmãs, cruzou o oceano rumo a Paris para concluir seus estudos, tornando-se a primeira mulher negra da Martinica a se matricular na Universidade de Sorbonne.

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Neste período, Paris vivia uma crescente consciência racial e atividade transnacional, e a comunidade negra, formada em grande parte por imigrantes como Paulette Nardal, também enfrentava a discriminação racial. Nos salões literários que organizava com suas irmãs em Paris, Paulette fundou a revista La Revue du Monde Noir. Através dessa publicação, ela explorou ideias que ajudaram a formar as bases do Movimento da Négritude. Paulette também foi pioneira ao abordar, em seus escritos, a interseção entre raça e gênero, discutindo a opressão única vivida pelas mulheres negras, muito antes da norte-americana Kimberlé Crenshaw cunhar o conceito de “interseccionalidade” em 1989.

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Assim como outras mulheres, Paulette sofreu com o apagamento histórico. Em uma carta, ela compartilhou que, por muito tempo, manteve um 'silêncio absoluto' sobre sua contribuição e a de outras mulheres na construção do Movimento da Négritude. Com suas próprias palavras, ela afirmou: 'Nós éramos apenas mulheres, verdadeiras pioneiras — digamos que abrimos o caminho para eles.' Esse silêncio, no entanto, não conseguiu apagar sua importância.

© 2035 por Ateliê Panmela Castro. 

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